Em algum momento, toda empresa que usa Protheus passa por uma situação parecida: um usuário saiu da empresa, o tempo passou e, de repente, alguém percebe que uma rotina importante deixou de ser utilizada ou simplesmente ninguém sabe mais onde ela fica. Normalmente a conversa começa com frases como “era só o fulano que mexia nisso” ou “ninguém lembra qual era a tela”.
Esse tipo de cenário é mais comum do que parece e, se não for tratado rapidamente, vira um gargalo operacional. A boa notícia é que o próprio Protheus oferece um caminho simples para identificar quais rotinas um usuário realmente acessava no dia a dia.
O cenário clássico dentro das empresas
É bastante comum que um usuário concentre conhecimento sobre determinados processos, relatórios ou telas específicas do sistema. Quando essa pessoa sai da empresa, esse conhecimento vai junto, e o time fica tentando reconstruir o caminho no Protheus apenas com base em tentativa e erro.
O problema é que o Protheus é um sistema robusto, com muitos módulos, menus e variações de acesso. Ficar “caçando” telas manualmente costuma tomar tempo e gerar frustração. Por isso, o ideal é começar analisando o histórico real de uso daquele usuário.
A forma mais rápida de identificar as rotinas acessadas
Uma das maneiras mais eficientes de fazer essa análise é utilizando o próprio histórico de navegação do usuário dentro do Protheus. Para isso, o primeiro passo é reativar temporariamente o usuário no Configurador, apenas para fins de consulta. Não é necessário devolver todas as permissões, apenas garantir que o login esteja ativo.
Com o usuário ativo, basta acessar o ambiente utilizando esse login e entrar no SIGAMDI ou no SIGAADV. A partir daí, navegue até o módulo que você deseja analisar e utilize a opção de rotinas recentes. Nesse ponto, o Protheus exibe as últimas telas, relatórios e processos que aquele usuário acessava com frequência.
Essa simples ação já traz uma clareza enorme sobre o que realmente era utilizado no dia a dia, eliminando achismos e suposições.
Por que analisar as rotinas recentes funciona tão bem
O grande diferencial dessa abordagem é que ela se baseia no uso real do sistema. Em vez de olhar apenas para menus ou permissões teóricas, você analisa aquilo que o usuário de fato acessava.
Isso facilita muito a identificação de rotinas críticas, relatórios que ficaram sem responsável e até processos que podem ter sido abandonados sem que ninguém percebesse. Em muitos casos, essa análise resolve rapidamente situações que poderiam virar pequenos projetos ou demandas maiores sem necessidade.
Cuidados importantes ao realizar a análise
Mesmo sendo um processo simples, é importante tomar alguns cuidados. O acesso do usuário deve ser ativado apenas pelo tempo necessário para a análise, evitando qualquer tipo de execução indevida em ambiente produtivo. O ideal é que esse acesso seja usado exclusivamente para consulta, sem realizar lançamentos ou alterações de dados.
Sempre que possível, aproveite esse momento para documentar as rotinas encontradas. Isso ajuda a evitar que o mesmo problema volte a acontecer no futuro, principalmente em empresas que lidam com rotatividade de usuários ou crescimento da equipe.
Indo além da análise pontual
Identificar as rotinas acessadas é apenas o primeiro passo. A partir disso, muitas empresas percebem a necessidade de estruturar melhor seus processos, revisar perfis de acesso e criar uma documentação mínima das rotinas críticas do Protheus.
Esse tipo de organização reduz a dependência de pessoas específicas, aumenta a segurança operacional e facilita treinamentos e transições internas. Em alguns casos, contar com apoio especializado ajuda a transformar esse levantamento pontual em um processo mais estruturado e sustentável.
Conclusão
Quando surge a dúvida sobre quais rotinas um usuário acessava no Protheus, o caminho mais simples e eficiente é utilizar o histórico de recentes via SIGAMDI ou SIGAADV. É uma solução nativa, rápida e que costuma entregar respostas claras em poucos minutos.
Antes de partir para soluções complexas ou projetos maiores, vale sempre explorar bem os recursos que o próprio Protheus já oferece.
Bom pessoal, por hoje é isso. Se esse conteúdo te ajudou no dia a dia com o Protheus, vale acompanhar os próximos artigos aqui do blog.




