Se você trabalha com Protheus há alguns anos, provavelmente já ouviu — ou falou — a frase “é só ajustar o TES”. Durante muito tempo, isso foi verdade. O TES deu conta do recado, segurou o crescimento de muita empresa e virou o pilar da tributação dentro do ERP. O problema é que o cenário mudou, e mudou rápido.
A complexidade tributária aumentou, a Reforma Tributária acelerou mudanças estruturais e o Protheus passou a exigir um modelo mais flexível. Nesse contexto, continuar tratando tributação apenas com TES deixou de ser uma escolha técnica e passou a ser um risco de negócio.
O papel histórico do TES dentro do Protheus
O TES sempre foi o centro das decisões fiscais no Protheus. É nele que se definem CFOP, incidência de impostos, natureza da operação, comportamento de entrada e saída e uma série de regras que impactam diretamente a emissão de notas, o financeiro e a contabilidade.
Durante muitos anos, esse modelo funcionou bem porque o cenário também era mais simples. Menos exceções, menos variações estaduais, menos cruzamento de regras. O TES resolvia porque o problema cabia dentro dele.
Com o crescimento das empresas, o aumento de operações interestaduais, regimes especiais, benefícios fiscais e integrações com outros sistemas, o TES começou a ser esticado além do limite. Ele passou a concentrar regras demais e responsabilidades que nunca foram pensadas para um único ponto de configuração.
Quando o TES começa a virar um problema real
Na prática, o TES começa a virar problema quando a empresa cresce, mas a estrutura tributária continua a mesma. O que antes era simples vira um emaranhado de exceções. Pequenas mudanças passam a exigir ajustes delicados. Qualquer alteração gera medo de quebrar algo que já está em produção.
Com o tempo, o ambiente fica dependente de pessoas específicas que “sabem como funciona”. Documentação quase não existe. Testes são limitados. Atualizações do Protheus passam a ser vistas como ameaça, não como evolução.
Esse cenário não é exceção. É extremamente comum em empresas que cresceram rápido e nunca revisaram sua arquitetura tributária.
O que muda com o Configurador de Tributos
O Configurador de Tributos surge justamente para resolver esse tipo de limitação. Ele muda a lógica de como os tributos são tratados dentro do Protheus, trazendo uma abordagem mais estruturada, modular e preparada para mudanças constantes.
Em vez de empilhar regras em TES, o Configurador permite modelar a tributação de forma mais clara, com separação de responsabilidades, reutilização de regras e muito mais controle sobre o impacto das alterações.
Na prática, a tributação deixa de ser um ponto engessado e passa a ser algo gerenciável, previsível e alinhado com a realidade do negócio.
A diferença prática no dia a dia da operação
Quando o Configurador de Tributos é bem implementado, o impacto no dia a dia é visível. Ajustes fiscais deixam de ser feitos no susto. Mudanças podem ser testadas antes de ir para produção. A área fiscal ganha mais segurança e a TI reduz drasticamente o retrabalho.
Além disso, o ambiente passa a responder melhor a atualizações do Protheus. O medo de atualizar diminui porque as regras estão mais organizadas e menos dependentes de configurações frágeis.
Não é apenas uma melhoria técnica. É uma mudança direta na forma como a empresa lida com risco fiscal.
TES x Configurador de Tributos: não é substituição imediata
Um ponto importante é entender que o Configurador de Tributos não “apaga” o TES. O TES continua existindo e ainda tem seu papel dentro do Protheus. A diferença é que ele deixa de ser o protagonista absoluto da tributação.
O Configurador assume o papel central na lógica tributária, enquanto o TES passa a ser mais enxuto, mais controlado e menos sobrecarregado. Isso reduz risco, facilita manutenção e prepara o ambiente para o futuro.
Empresas que entendem essa transição conseguem evoluir com muito mais tranquilidade.
Por que muita empresa ainda não migrou
Mesmo com todos os benefícios, muitas empresas ainda não deram esse passo. Na maioria dos casos, o motivo não é técnico. É falta de visão estratégica. Medo de mexer em algo crítico, experiências ruins com implantações mal feitas ou ausência de uma consultoria que realmente domine o tema.
O Configurador de Tributos não é uma funcionalidade para ser ativada sem critério. Ele exige entendimento profundo de processos, leitura de cenário fiscal e visão de médio e longo prazo. Quando isso não existe, a ferramenta vira mais um problema em vez de solução.
Onde a Geeker Company se diferencia das outras consultorias
É aqui que entra a diferença entre simplesmente “configurar” e realmente implantar. A Geeker Company não começa pelo sistema. Começa pelo processo, pelo negócio e pelos riscos reais da operação.
Antes de falar de Configurador ou TES, entendemos como a empresa opera, onde estão os gargalos e quais regras realmente fazem sentido existir. O objetivo não é só fazer funcionar hoje, mas criar uma estrutura tributária sustentável, preparada para crescer e acompanhar as mudanças do ecossistema da TOTVS.
Essa abordagem evita soluções frágeis, dependência excessiva de pessoas e ambientes que travam a empresa no momento em que ela mais precisa evoluir.
O impacto da Reforma Tributária nesse cenário
Com a Reforma Tributária, essa discussão deixa de ser opcional. O volume de mudanças, ajustes e novas regras exige um modelo flexível. Empresas que continuam presas a estruturas rígidas tendem a sofrer mais, gastar mais e correr mais riscos.
Quem se antecipa, revisa sua arquitetura tributária e estrutura o Protheus corretamente sai na frente.
Conclusão: maturidade tributária virou diferencial competitivo
No final das contas, a discussão não é TES contra Configurador de Tributos. É maturidade na gestão tributária dentro do Protheus. Empresas maduras reduzem risco, ganham previsibilidade e conseguem evoluir sem medo.
Se hoje sua operação depende de TES complexos, exceções difíceis de explicar e receio constante de mudança, talvez seja o momento certo de repensar esse modelo com apoio de uma consultoria que entenda Protheus, tributos e negócio de verdade.





